Eu, a espertona, resolvi criticar: Mãe, pra que isso tudo? É só a titia...
E eis que minha mãe fez a revelação que mudou meu sábado:
-(muito irritada) Não é só tua tia Mariana, o teu avô chamou todo os bebados do bar, amigos de infancia (WHAT?), primos e etc, pra vir almoçar. A cada minuto liga um confirmando.
Achei exagero, peguei café e sentei na cadeira. Telefone tocou. Me arrastei até lá. Era meu pai.
- Eaí filha?
- Oi pai, tudo bem?
Tudo. Tá confirmado ai o almoço com teu avô?
Ahn?
- Acho que sim, mamae ta correndo aqui.
- Ok. to indo.
A parada tava ficando séria. Resolvi começar a ajudar.
Tirei o pijama e a remela e tratei de fazer algo. Cinco minutos depois chegaram 5 convidados. Depois mais 5. E assim foi.
Comecei a ficar louca como minha mãe. CADÊ O COPO DE CHOPPE? E O DE CERVEJA? E AS TAÇAS DE VINHO?
E chegava gente.. e mais gente! Gente que eu nunca vi. Tias chatas, tias legais, tias que eu nem sabia que eram tias!
Resolvi fugir e tomar banho. Tentei me afogar debaixo do chuveiro. Ouvi um som estranho no fundo.
Alguém tinha chegado com um violão e cantava Zé Ramalho até o toco.
Era um amigo do meu pai de antes de ele casar com a minha mãe!
Voltei pra festa tinha mais 32489475983745 pessoas com olhos famintos por carne e cerveja.
Corri pro quarto e liguei pro Caio, desesperada.
Ao contrário de mim, meu namorado é EXTREMAMENTE calmo e falou: Que naaada.. aposto que não é tão ruim assim!
Não.
Não era não.
Acordei 9h de um sábado pra nunca mais parar de ter pessoas estranhas dançando Zé Ramalho no meu quintal. Abrindo minha geladeira. Dançando o Reboleichon e tomando várias grades de cerveja.
Preferia minhas remelas e meu bafo de onça, fikdica.
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