sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Gaturno

Graças a vizinhança que se julga esperta, ganhamos um gato. Um gato que deve ter uma semana de vida, magrelo e pequeno, preto e fofo.
Eu odeio gatos. Nunca gostei deles e eles de mim. Minha avó paterna tinha "coleção" deles e eu sempre saia toda furada/arranhada e com ódio.
O gato não era pra mim, o gato era pro Rafabel.
Há 24h meu sobrinho passa a maior parte do dia no pátio, imitando o modo de deitar do gato, ensinando a "pegar a bola" ou jogar futebol com ele, cantando pra ele cochilar, ensinando o que é leite e o que é água, explicando que tem que rezar antes de dormir e chamando ele pra passear:
- Gaturno vem com o papai vem!

Rafinha com 5 anos virou pai e aí do gato de não segui-lo!
- Titia o Gaturno ama eu e a vovó. A vovó porque salvou a vida dele e eu porque cuido né?!

Gaturno fica com vergonha quando o Rafa chama ele e ele não tá querendo correr ou pular e jogar bola.
Gaturno ficaria feliz em saber que o Rafa já fez todo o planejamento para encontrar a mãe dele:
- Titia se a gente nao achar a mãe dele tu poderia ser?

Rafa deu um monte de brinquedos pro gato, pra servir de companhia. Vários ursinhos de pelúcia e montou uma casinha com restos de madeira de sabe Deus onde.
- Por que tu não gosta de gatos?
- Porque eu prefiro cachorros.
- Você vai deixar de gostar do Gaturno por isso?
- Não Rafa..
- Pode dar teu travesseiro pra ele então?



Daqui algumas semanas conto pra ele que os gatos costumam fugir.

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