domingo, 19 de junho de 2011

7 vidas

Tô viva (ainda).
Depois desses últimos dois dias que papai do céu me deu de novo resolvi postar, uma espécie de experiência de quase morte sabe? Pois é, resolvo contar pra vocês as minhas últimas 48h (ou quase isso).

(ele me entende)

Sexta era um dia normal "um cantinho da semana" absolutamente normal. MENTIRA.
O Caio ia viajar de sexta pra sábado pra cobrir o festival de Parintins tipo, forever. Isso quer dizer que nós íamos passar vários dias separados.

Ok, me chame de bicha, mas eu e o Caio nunca tínhamos ficado tanto tempo separados.

(Eu não tô nem ligando)

Pra tentar diminuir qualquer caos que essa viagem poderia gerar, resolvi trabalhar feito um super herói e terminar meu trabalho em tempo record. Consegui. Mas quando eu estava saindo da Tv... Aaaah meu caboco, foi nesse momento que o meu Anjo da Guarda começou a ter trabalho.
O trânsito tava um horror, claro, era sexta-feira a noite e todo mundo resolveu passar por aquela avenida. Eu, linda e nada inteligente estava acompanhada do Rapha, o cara mais engraçado ever que qualquer dia conto uma história dele aqui. Dois lindos indo atravessar pra encontrar o Caio do outro lado.
19h. Avenida movimentada. Mariana parada no jardinzinho do meio fio com o Raphael. Ele corre. Ela pensa será? Ela corre. Ela cai. Ela rebola. Mariana allphodyda.
Foi lindo.
Por uma fração de segundo eu fui o grande Jack Bauer. Caí em plena avenida, rolei pro encostamento, me ralei toda e levei três pontos no queixo. TRÊS PONTOS justamente no dia em que o Caio viajava.
Sobrevivi, ele viajou e eu fiquei com o carro.

NOTA:

Eu tô bem melhor no volante agora. Sem mortes. Sem atropelados. Sem Caminhões? Melhor deixar pra lá.

FIM DA NOTA.

Meu pai não confia na relação Carro x Mariana x Trânsito, mas como não quer me desestimular resolveu me ajudar a levar o carro pra oficina. Esse foi o meu SEGUNDO DIA.
O Caio já tinha me pedido pra ir trocar o óleo e lavar o carro. Tava abafando mesmo, então.. por que não ir com o meu pai?
Fui.
Fui pra uma biboca que meu pai conhecia lá na compensa.
- "É do meu cumpadi, relaxa!"

Era do "cumpadi" do meu pai.

Não tirei o olho do carro. Acompanhei de perto. Descobri que há mecânicos gays, mas esse post não é sobre homossexuais e outros nada estilosos, foi quando um ser humano usando abadá me chamou:

- Moça, Jesus te ama.

(Mecânico nº3)

- Oi?
- Não tinha um pingo de óleo nesse carro, a senhora poderia ter morrido.

Que diabos tem haver o óleo com a minha vida?
Fiz uma cara de oi q
E ele me explicou:

- O motor ia travar e você ia morrer na próxima esquina.

(Dá pra falar com mais tranquilidade?)

Meu senhor.. DAVA PRA NÃO TER FALADO na frente do meu pai? MEU KIRIDO!

Quase morri pela 3ª vez, no caminho de volta ouvindo meu pai falar.

No fim das contas eu to toda ralada, morta de saudades, com medo de alguém triscar no carro, quieta na cama pra não ter um outro risco esperando até esse festival acabar pra ter meu namorado/vida de volta.

E o pior de tudo é ter que contar a história a cada 5 min ou quando alguém pergunta: Tu foi atropelada?

Aiai

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